Ainda é cedo para ter certeza, mas tudo indica que o TikTok não é mais o mesmo. Falar de fim é um tanto quanto prematuro, mas um recente artigo no The Guardian, que explora dados da Sensor Tower, empresa de inteligência de marketing, aponta que o Instagram, após uma dura batalha, volta ao topo. Existe uma parte da humanidade que adora criticar o TikTok, e a outra apenas usa o TikTok de maneira insana.
O TikTok faz parte de uma guerra de Ocidente e Oriente, ponto final. A verdade para nós, que trabalhamos com música, é que o TikTok, ou melhor, a ByteDance, vem trabalhando de maneira agressiva no mercado musical. A primeira é o valor pífio pago pelo uso da música; este valor e outras questões que envolvem inteligência artificial fazem parte da reclamação do grupo Universal, que retirou tanto os fonogramas quanto as suas obras do aplicativo. Em uma movimentação parecida (e esquecida) pelo Spotify no passado, a empresa criou a Sound On, distribuidora que promete “alavancar” as músicas no TikTok de artistas, com porcentagens atrativas, e investir em novos artistas. Com uma proposição agressiva no mercado, a Sound On é um calo para muitas empresas.
Com estes problemas, fica claro que o TikTok passa por um período de movimentação. A plataforma se apresenta como uma plataforma de descoberta e não de streaming (apesar do TikTok Music, ex-Resso, plataforma que foi obrigada a cancelar a sua versão com anúncios por pressão da indústria), com os recentes solavancos proporcionados pela Universal e uma conversa de que outras editoras vão entrar no barco, fica a dúvida se as dancinhas vão prosperar sem os hits de Taylor Swift e afins. O TikTok terá força suficiente com o repertório da Sound On para segurar a onda? Quem sabe. Da mesma maneira que a Netflix é “dona” do seu conteúdo, o TikTok realiza uma movimentação parecida. O juiz desta briga é o público, que vai decidir se o MC X-Salada é o novo Stranger Things.