Não tenho certeza se os leitores deste espaço conhecem o filme “Exterminador do Futuro 2”. Quem sabe é um filme de gente mais velha… mas de qualquer maneira, o filme fala de um futuro distópico onde as máquinas dominam o mundo. Vou ficar por aqui para não estragar a experiência de quem quer ver o filme. E hoje trava-se uma verdadeira batalha similar com a inteligência artificial na música. Enquanto que na criação tudo indica que teremos ainda bons anos de liderança (mas um dia isso acaba), em outras áreas não tem como brigar mais: a inteligência artificial é uma realidade.
Enquanto que na área de recolhimento de direitos, claramente existe um interesse em não utilizar estas ferramentas, afinal, imagina se os criadores fossem pagos corretamente? Em outras áreas, o lado humano da coisa parece ir embora cada vez mais e no nosso caso isso tem relação direta com a linha vital da distribuição digital: as playlists oficiais.
Cada dia que passa vemos as playlists ficando cada vez mais orientados a seguir o algoritmo e menos na curadoria humana. E isso é complexo, pois a parte mais delicada da distribuição digital é efetivamente a gente: pessoas interessadas querendo buscar algo fora da caixa.